Em outra pergunta, surgiu a discussão sobre a regência do verbo "responder".
Quais as formas corretas das duas frases abaixo, com crase ou sem?
Certifique-se de responder a pergunta.
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Em outra pergunta, surgiu a discussão sobre a regência do verbo "responder".
Quais as formas corretas das duas frases abaixo, com crase ou sem?
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No caso dado, responder à pergunta.
Sobre o assunto, diz o dicionário de Francisco Fernandes (autor brasileiro; citações internas omitidas):
NOTA: Carlos Góis diz que se pode construir indiferentemente responder a carta ou à carta. Mas a leitura dos bons exemplares da língua demonstra que a melhor sintaxe é aquela em que responder "rege acusativo daquilo que se responde, e dativo daquilo ou daquele a que se responde." Vem a pêlo, ainda, transcrever aqui a lição de Cândido Lago sobre a regência deste verbo:
Convém dizer corretamente — "respondendo ao vosso ofício", "respondendo à sua carta de", etc. etc. Aquilo que a pessoa responde é que é o objeto direto; mas o ofício ou a carta a que a pessoa responde é objeto indireto; por exemplo:
<blockquote> <p>— Que respondeste tu <em>ao ofício</em> do diretor?<br> — <em>Ao ofício</em> do diretor respondi que o pretendente não estava…</p> </blockquote> <p>Vê-se claramente que o objeto direto de <em>respondi</em> é a <em>cláusula substantiva</em> seguinte: "que o pretentedente não estava…"</p>
Pelo menos em Portugal, isto é consensual; acho que pouca gente tem problemas com a regência de responder.