Tanto faz. A regra geral é um sujeito composto ir para o plural:
Se o sujeito for composto, o verbo irá, normalmente, para o plural,
qualquer que seja a sua posição em relação ao verbo:
“... os ódios civis, as ambições, a ousadia dos bandos e a corrupção
dos costumes haviam feito incríveis progressos”.
<p>“Repeti-as, porque se me ofereciam vida e honras a troco de perpétua
infâmia”.</p>
No entanto, «[p]ode dar-se a concordância com o núcleo mais próximo, principalmente se o sujeito vem depois do verbo». O teu caso encaixar-se-á (discutivelmente) ainda nesta observação:
4.ª) Pode ocorrer o verbo no singular ainda nos casos seguintes:
a) se a sucessão dos substantivos indicar gradação de um mesmo fato:
A censura, a autoridade, o poder público, inexorável, frio, grave, calculado, lá estava.
Isto porque, admitindo que pertences ao Departamento de Informática, partes de eu para referir um universo maior em que te incluis.
Creio que o outro factor que favorece o singular nessa frase é o facto de o sintagma nominal todo mundo no departamento de informática ser muito longo, o que deixa o pronome eu muito longe do verbo.
Eliminados estes dois factores, soar-me-ia muito estranho ouvir:
?Eu e o resto do departamento escreve artigos científicos.
As citações são da Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara (referências internas omitidas).