É decomponível basicamente porque se formou a partir do latim componĕre. Isto e tudo o que se segue é baseado no dicionário Houaiss (Lisboa, 2002).
O latim tinha todos estes verbos, ponĕre, componĕre, proponĕre, imponĕre, etc., que na evolução para o português perderam o -n-, por vezes nasalando a vogal anterior. De maneira que encontramos nos séculos XIII a XV palavras como põer, compoer, cõpõer, propoer, empoer, trespoẽdo (“transpondo”), que acabaram por estabilizar em pôr, compor, impor, etc.
Mais tarde entraram por via erudita na nossa língua palavras baseadas no verbo latino e que mantiveram o -n-. É o caso do nosso decomponível, atestado em 1802 (minha datação; onde não digo nada, a datação é do Houais), de componente (1716), proponente (1881), imponente (1873), oponente (1619), disponente (antes de 1600), disponível (1873), intransponível (1850, minha datação), etc.
É possível que tivesse havido influência do espanhol na formação destas palavras, já que no espanhol estes verbos não perderam o -n- (é poner, componer, etc.)