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Existe alguma regra para se fazer a contração de uma preposição com artigo ou pronome ?

Pessoalmente, eu tento falar da forma que me soa correto. Por exemplo:

  • Independente de o que eles possam querer, nós já decidimos... (sempre falo)
  • Estou intrigado com o fato de ele nunca ter se pronunciado a respeito....(sempre falo)
  • Ele chegou um pouco antes de a festa começar. (sei que o correto é assim, mas falo "antes da festa")
  • Está na hora de as crianças irem dormir. (idem ao anterior, eu digo "das crianças" embora ache que está errado)
  • Apesar de a maioria da população odiar o presidente... (também acho que falo errrado, eu digo "da maioria)

No entanto, sempre faço a contração em:

  • Tenho algumas dúvidas a respeito do uso do verbo haver.
  • Pretendo ir à casa dos meus avós amanhã.
  • A despeito do que você possa dizer, eu já decidi que... (quanto a esse último, não tenho certeza quanto à forma correta.)

Aparentemente, na maioria das vezes eu sei quando fazer a contração ou não, mas não sei porque. Faço-o por ter tido muito contato com algumas pessoas que têm grande conhecimento da língua portuguesa e isso ficou absorvido. Então, o que eu pergunto é: existe alguma regra para se fazer ou não a contração da preposição com um artigo definido ou pronome? Existem exceções a tal regra? E os artigos indefinidos, como ficam? (de um = dum, de um = duma)

A pergunta refere-se principalmente à língua falada.

Centaurus
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    Há um impasse entre os gramáticos, mas, em regra, não se utiliza a contração da preposição com o sujeito, no entanto, pode ocorrer em complementos nominais, verbais etc, por exemplo: Independente de o que eles possam [correto], Independente do que eles possam [correto]; antes de a festa começar [errado], antes de a festa começar [correto]. – Valdeir Psr Mar 23 '20 at 14:33
  • @Schilive Nope. – Centaurus Sep 10 '20 at 01:41
  • @Centaurus, se não te for incômodo responder, não responde porque a tua pergunta se refere à língua falada? –  Sep 10 '20 at 02:09
  • @Schilive Porque é onde eu tenho minhas dúvidas. – Centaurus Sep 11 '20 at 01:24
  • @Centaurus, onde = língua falada? –  Sep 11 '20 at 01:38
  • Na língua falada, nunca vi alguém problema em contrair ou até em criar contrações, como “ele gostar d'eu sofrendo”. Interessante que “tenho medo de o João comer maçã com cianeto” não me soa errada ou inatural, mas “tenho medo de o João” me soa inatural, mas não errada. Isso pode ser por costume de ler sempre coisas formais, mas não sei. Em relação à fala do Brasil, creio que se figuras formalíssimas, como o Presidente da República, falarem assim, é formal qualquer um falar assim. >> – Schilive Jan 14 '21 at 23:48
  • Então, na minha opinião, se o Sr. Lula, Sua Excelência, Presidente da República, Bolsonaro, Sra. Dilma e o Sr. Fernando Henrique Cardoso falarem assim em situações formalíssimas, como em discursos transmitidos pela TV, é formal qualquer um usar contrações. Para mim 1 já bastaria, mas 4 seria para garantir.

    – Schilive Jan 14 '21 at 23:48

1 Answers1

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A contração dela nesse caso seria incorreta, pois dela é pronome possessivo:

"O carro dela."

Isso é arcaico, mas para se evitar ambiguidade pode-se usar:

Tenho medo d'ela não aceitar.

A forma não contraída é sempre correta:

  • Tenho medo de o bicho papão. (Embora soe estranho está correta)

Antigamente com a impressora de tipo era interessante economizar caracteres, pois era muito trabalhoso montar as matrizes de tipo, hoje em dia você pode perder três segundos por dia e escrever a forma não contraída.