O que realmente é concordância verbal na língua portuguesa?
Existe diferença no significado de concordância verbal no Português(PT) para o Português(BR)?
O que realmente é concordância verbal na língua portuguesa?
Existe diferença no significado de concordância verbal no Português(PT) para o Português(BR)?
Concordância com um constituinte significa que todos os constituintes da frase devem concordar, i.e. ter o mesmo, em número, género e grau (se aplicável). Caso isto não aconteça, a frase esta incorreta.
Um exemplo: Os casa sou grandes. está frase não está correta pois o determinante não concorda em género nem número com o sujeito e porque o verbo não concorda em número com o sujeito.
Compare as seguintes frases:
O casa estão muita sujo.
A casa está muito suja.
O que falta na primeira frase? Concordância.
Como foi possível ver nesse exemplo, concordância verbal é, como o nome diz, o acordo na "forma" das palavras de uma frase, ou seja, como no exemplo da casa, se um sujeito é feminino os adjetivos que a ele se referem também devem estar na forma feminina, e assim por diante.
Agora, explicando as discordâncias da frase de exemplo, depois do "o", masculino, em desacordo com "casa", que é feminino, tem o "estão", que está em discordância com "a casa", que está na terceira pessoa do singular. Depois dele tem o "muita", que além de estar no feminino, ainda por cima não faz sentido por ser um pronome indefinido significando "em grande quantidade", ao invés de "muito" que é advérbio de intensidade significando "demasiadamente". E por último, "sujo" que também está em discordância com "casa" que é feminino.
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Concordância verbal é o mesmo no Brasil e em Portugal, e significa a conjugação do verbo de acordo com o sujeito da frase. Exemplos:
Concordância: eu digo. Falta de concordância: eu dizemos, eu diz.
Concordância: eles falaram. Falta de concordância: eles falou, eles falei.
Um erro de concordância algo frequente em Portugal é na segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (ufa, fiquei sem fôlego): ouve-se, por exemplo, por vezes dizer tu falastes. Está errado: é tu falaste ou vós falastes. Este erro é talvez facilitado por pouca gente usar o vós. Talvez no norte, onde ainda há quem use, seja menos frequente.
Agora, quando o sujeito da frase é uma das pessoas gramaticais, eu, tu, ele, nós, vós, eles, a concordância é muito simples. As coisas tornam-se mais interessantes quando temos sujeitos como a gente, um de nós, a maioria deles, nem eu nem ela, os Estados Unidos, etc. etc. Alguns destes casos já foram debatidos aqui na comunidade, e eu indico abaixo os links dos que conheço. Então, a concordância verbal determina:
Um terço das mulheres está grávido ou estão grávidas?
Fui eu que fiz ou fui eu que fez? Fui eu quem fiz ou fui eu quem fez?
A maioria de nós foi, a maioria de nós fomos, ou a maioria de nós foram?
E noutros casos complicados de concordância verbal podem sempre consultar o manual de redação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul